Como Funciona
Assegurando nosso passado
O Centro de Monitoramento Remoto é uma plataforma instituída pela Coordenação Geral de Monitoramento Territorial da Funai (CGMT, criada pelo Decreto nº 7.056, de 28 de dezembro de 2009, e ratificada pelo Decreto nº 7.778, de 27 de julho de 2012). Sua função é integrar informações que fundamentem o planejamento de ações indigenistas. O banco que vem sendo alimentado desde o ano de 2015 disponibiliza dados extraídos de imagens produzidas ciclicamente, com resolução espacial de 30 metros, em que a menor unidade da imagem representa 30 metros na superfície da Terra. A varredura praticamente quinzenal da superfície torna possível a detecção de mudanças como corte raso, degradação, desmatamento em área de regeneração e fogo em floresta.
A funcionalidade Mapa Interativo (disponível publicamente) permite visualizar territórios de forma rápida e fácil, viabilizando os nomes oficiais das terras indígenas, seus limites físicos, os biomas aos quais se circunscrevem, etc. As informações sobre o entorno dessas terras (sobreposição e/ou justaposição a unidades de conservação, áreas quilombolas, assentamentos rurais, imóveis certificados, faixas de fronteira, dentre outros) possibilitam prever e dimensionar implicâncias administrativas e impactos ambientais correlatos. O Mapa conta ainda com os dados divulgados pelo Inpe – que, além de serem a referência do Governo Federal para detecção de desmatamento e degradação ambiental, são de extrema relevância para a Funai.
Já na interface restrita ao usuário autenticado, a plataforma oferece sessões com dados confidenciais selecionáveis por Terra Indígena ou por unidade descentralizada da Funai. Tais informações – e, principalmente, a possibilidade de seu cruzamento – subsidiam a produção de documentos técnicos e de planos de trabalho.
Revolucionário e vital
Outra facilidade oferecida pelo CMR é o acesso por meio de smartphones e tablets, uma vez que suas funcionalidades são produzidas com as mesmas premissas de desenvolvedores de aplicativos para esses dispositivos. Mesmo nas ações em campo, os técnicos podem ingressar no portal. Isso fundamenta e direciona o trabalho, pois garante acesso a dados atualizados e a indicadores precisos das áreas mais críticas.
Fotografias por:
Mário Vilela, Juvenal Pereira, Anderson Schneider e Funai.